O Turismo Regenerativo é um conceito ainda em desenvolvimento, que defende que a opção por um turismo sustentável já não é suficiente e que é preciso ir mais além.

Se a sustentabilidade no turismo se propõe a usar os recursos de forma mais eficiente e a minimizar os danos e os efeitos negativos das viagens, este novo conceito fala na urgência de reverter a situação.

A expectativa do turismo regenerativo passa por reparar os danos já causados, não só em termos ambientais, mas também sociais e económicos. Como? Convertendo o turismo num agente ativo de transformação positiva, que permita a todos os viajantes deixar o local visitado melhor do que encontraram.

A ameaça do regresso de um turismo massificado e de todo o impacto negativo a si associado faz com que os defensores do turismo regenerativo apelem à necessidade de se alterar os indicadores que definem o sucesso turístico de um destino. Em vez do recurso ao número de visitantes ou à contribuição para o PIB, propõem que a qualidade das atividades turísticas seja avaliada de acordo com métricas relacionadas com o bem-estar do local em questão. Alguns exemplos dos novos indicadores propostos são o desenvolvimento de pequenos negócios, a saúde dos habitantes, a afirmação de identidades comunitárias ou a regeneração da natureza.

O turismo regenerativo propõe ainda um maior envolvimento com os habitantes e a atribuição de um papel de protagonismo à comunidade local. No seu ponto de vista, cada comunidade deverá ser responsável por decidir e planear o tipo de turismo que quer ter, de acordo com uma visão partilhada e com as particularidades do destino. O objetivo é que seja possível equilibrar o turismo com o bem-estar dos recursos naturais do local e das suas comunidades e que todas as interações proporcionadas por este tipo de turismo sejam benéficas para todas as partes envolvidas.

Acredita-se, desta forma, que o turismo regenerativo tenha a capacidade de proteger o futuro e de contribuir para uma melhor qualidade de vida.

Se quiser saber mais sobre este conceito, recomendo-lhe a leitura do artigo “Move over, sustainable travel. Regenerative travel has arrived”, publicado no New York Times.